domingo, 28 de março de 2010

Isla Taboga

Depois do susto da corrente arrastada e o encantamento de fundear do outro lado da ilha, seguimos na missão de descobrir um caminho até a vila, ir pelo mar com o bote era um pouco perigoso, saindo da parte abrigada tinha fortes ventos e ondas... resolvemos encarar a encosta a nossa frente, uma mistura de costão rochoso, com montanha argilosa, ficamos do barco com o binóculo tentando encontrar o melhor caminho para subir, sem as rochas íngremes e vegetação muito fechada, observamos que tinha uma estrada que chegava numa espécie de lixão, parece que é onde destinam o lixo da ilha e ateam fogo. Resolvemos subir por ali já que dava acesso a estrada, fui eu e mais três fazer esse reconhecimento, foi uma subida média, tiveram três passagens mais difícies, que tinha que se agarrar nas fendas da rocha, e depois muito mato seco, lixos pela encosta, mas chegamos de boa, depois de 1h de escalada, logo chegamos na estrada e em 20 min já estávamos na vila. Um charme essa ilha, as casas coloridinhas, quintais floridos, a vista pro mar maravilhosa, uma delícia... passamos o dia na vila, foi bem divertido, conhecemos alguns americanos, tomamos conta de um restaurante/ bar, até aula de dança fizemos por lá... caminhamos por outra montanha buscando um novo caminho até o barco mas não deu certo, víamos o barco mas não tinha como descer, mas valeu pela vista, linda... chegamos junto com o pôr-do-sol!! Espetáculo, mais um banho no pacífico, e moqueca de budião, os meninos que ficaram no barco pescaram!!! No dia seguinte Aleixo resolveu que também subiria a costa, queria ir até a cidade, armamos uma missão, Jeff que tem experiência em escalada, levou corda, deu instruções e todo suporte, subimos por outro caminho, foi mais rápido, porém ainda mais íngreme, mas com a corda deu tudo certo, Aleixo ficou todo satisfeito, cheio de disposição, foi massa!! Na vila conhecemos um cigano sul africano dono de uma veleria, nos deu várias informações, ele vive há apenas uns meses ali em Taboga e já pensa em partir, mas conhece um tanto de história dessa terra, foi um lugar estratégico durante o processo de colonização, tem a segunda igreja mais antiga da América, construída pelos espanhóis... tinha um porto bem movimentado, era como a segunda capital do Panamá. Hoje é uma vila tranquila, destino turístico de norte americanos... muito bonita, água cristalina.. Os dias aqui se resumiram em escalar até a vila, andar de caiaque, nadar no Pacífico, comer ostra e peixes frescos, admirar o pôr-do-sol e as estrelas, e jogo de buraco nas noites... foi uma delícia, tranquilidade entre os tripulantes do Fraternidade e a natureza!

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